quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Praça


                                                             
  Houve um tempo ao qual me recordo como um sonho bom e duradouro, numa cidadezinha feliz e pacata, lembrava-me todos os acontecimentos bons da minha vida... A vida era feliz, nesta cidade de gente boa, nesta cidade de bons engenhos, e cheia de glória. A amizade neste tempo era boa, e fazíamos jus a ela.
   
  Iríamos todos juntos para o colégio pela manhã, e éramos sempre bons amigos... Recordo-me e recordar trás sempre lembranças boas, eternas, amigáveis e felizes. A rua ainda de chão batido, os homens mostrando toda sua potencialidade jogando dominó, e as mulheres conversando coisas banais, merecidamente é claro, depois de um dia cheio de trabalho doméstico, e nós, Brincávamos de barra-bandeira, pega congelou, sete cacos... E lamentavelmente hoje não vermos mais está brincadeiras de tantos anos de amizades, conquistas e alguns momentos de glória.
  
   Aos domingos sempre iríamos para praça do lago. E o domingo numa cidade pequena é sempre calma, sempre este ar de lembrança e paz, com uma dedicação leve e doce que a vida é feliz assim.        Saiamos,conversávamos,paquerávamos, esta praça cheias de belas arvores e grande verde inspirava-me, como uma boa imagem que um bom poeta se inspira e cria a sua melhor poesia. E a famosa e boa praça do lago aonde todos iam,demorávamos,tinha sua imagem fortalecida por um lago pequeno, mais que fazia toda diferença, junto com suas eternas arvores e seus bancos, ao qual de longe se avistava o amor, e com muita vergonha via se passar, com bons olhos, como eu sempre via ali um beija-flor a namora, ou que apenas passara para alimenta-se nas flores que dava muito mais leveza a praça.                     
  
    Mais o tempo passou. Crescemos. As brincadeiras ficaram para trás, são raros os homens jogando dominó. A modernidade chegou, e chegou voraz, determinada, e todas aquelas arvores, e todos aqueles pássaros, as flores e o lago, foi engolido pelo progresso, Lastimavelmente... E Posso ate dizer que a nova praça é bonita, é verdade, mas aquela praça, onde na minha infância eu via, eu vivia, não existi mais... E se acaso vive, é apenas na minha memória, ou em algumas fotografias antigas que guardo, e que não sei por que encontro dentro de uma caixinha que guardo com muito carinho. E bati-me uma mistura de felicidade com saudade, e com os olhos cheios de lagrimas, saúdo a antiga praça, que hoje se chama praça do frevo, mais que para mim, vai ser sempre a eterna, feliz, e animada praça do lago.